Política

Enquanto UPA fica sem médicos, Kiko gasta R$ 2,2 milhões ao mês com comissionados

São quase R$ 30 milhões por ano com servidores contratados sem concurso público e gratificações de efetivos

Kiko Teixeira, gasta milhões de reais com comissionados

Imagem:Divulgação

Por Wagner Lima

O mês de setembro começou com um velho problema, faltaram médicos para atender na UPA Santa Luzia.  

A segunda-feira (2) foi de caos, pacientes sendo liberados sem atendimento médico.

O motivo, os médicos terceirizados cruzaram os braços.

Apenas casos de urgência e emergência eram atendidos por profissionais efetivos da rede municipal de saúde.  

A Prefeitura de Ribeirão Pires não responde aos questionamentos da Folha para esclarecer os motivos da falta de profissionais na unidade.

O caos na Saúde de Ribeirão Pires visto neste início de semana passa longe do Gabinete do prefeito Kiko Teixeira (PSB).

Enquanto na cidade médicos ficam sem receber, Kiko contrata servidores sem concurso e gratifica aliado.

Segundo documento enviado à Câmara de Vereadores de Ribeirão Pires, em resposta a requerimento do vereador Amigão D’Orto (PTC), o Executivo gasta mensalmente com comissionados e gratificados, o valor de R$ 2.236.252,76, totalizando no ano R$ 29.809.249,29, distribuídos entre 214 comissionados, 152 gratificados e 19 secretários municipais.

Os dados são referentes à folha de pagamento de Julho de 2019 (veja quadro ao lado).

Segundo a reposta do requerimento datada de 15 de agosto de 2019, a percentagem de Comissionados (Secretários, Comissionados e Efetivos em Comissão) diante a folha é de 16,77%, a percentagem diante do orçamento, Lei n° 6.306/2018, é de 8,28%.

Alguns salários chamam a atenção, um Secretário-Adjunto recebe mensalmente R$ 7.008,46, um Assessor de Gabinete I R$ 3.171,07. Já o Chefe de Gabinete do Prefeito Kiko tem vencimentos de R$ 5.114,05, a assessoria do Prefeito recebe R$ 4.526,62, por servidor.

Segundo os dados oficiais, cada um dos 19 secretários municipais recebe por mês o valor de R$ 10.021,17, totalizando na folha de julho, o custo de R$ 427.820, 35.  

O Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) vem alertando a Prefeitura de Ribeirão Pires sobre o descontrole financeiro do município.  

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