Editorial

Desrespeito, a gente vê por aqui

Da Folha de Ribeirão Pires

O cidadão ribeirãopirense não tem descanso nem na hora da morte, e isso ficou evidente em mais uma denúncia recebida pela Folha.

Não sabemos se por incompetência, desleixo ou falta de vontade. O que sabemos é que os jazigos comunitários construídos recentemente no Cemitério Municipal de Ribeirão Pires são de uma grosseria tamanha e a solução para reparar o erro é ainda pior.

Os trâmites na hora de sepultar o ente querido são, por si só, difíceis enfrentar. E ser levado a assinar um termo de ciência para que danifiquem o caixão a fim de encaixá-lo na gaveta do jazigo construído fora de padrão torna a situação ainda mais lamentável. É algo que revolta até mesmo quem não tem ligação com o falecido.

Buscar pela alternativa mais fácil e que não gere gastos ao município foi a solução mais rápida que a Administração Municipal encontrou. É como se os responsáveis pelo assunto em questão tivessem pensado: “antes eles, do que nós”.  Antes danificar um caixão comprado por um familiar, do que gastar para reparar o erro.  Morreu, acabou!

Não, não acabou! É preciso honrá-los também na hora da morte, porque - quando vivos - eles honraram seus deveres como cidadãos. E mais, muitos desses caixões que serão danificados pela Prefeitura são comprados por famílias que precisam se desdobrar para proporcionar um sepultamento digno ao ente querido.

Uma coisa é certa: Ribeirão Pires precisa aprender a respeitar seu munícipe.

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