Editorial

Não há limites

Da Folha de Ribeirão Pires

Na última semana, Ribeirão Pires foi palco de um crime no mínimo inusitado - o furto de um sino instalado na torre da Capela Nossa Senhora Aparecida, em Ouro Fino. Muitos se perguntaram como, quando e por que fizeram isso.

Por mais excêntrico que o furto de um sino, que por sinal é centenário, de uma igreja possa parecer, é preciso chamar a atenção para um problema social que atinge não só Ribeirão Pires, mas também o Brasil - a falta de segurança. 

Sino, celulares, carros, jóias, hidrômetros e afins. Não há limites ou barreiras que impeçam o criminoso de roubar. Em muitas ocasiões, não se trata do objeto em si que será subtraído, mas no que ele se converterá após o roubo - dinheiro, entorpecentes ou outras práticas ligadas a criminalidade e que servem para financiar a prática delituosa.

E por esta razão que entramos em um ciclo vicioso, em uma onda que parece não ter fim, que na verdade só faz crescer já que há quem “patrocine” e incentive esses criminosos a roubarem mais e mais a cada novo dia.  

No caso do sino da Capela de Ouro Fino, não se trata apenas do valor monetário que ele possui. Trata-se do valor sentimental, de sua história e sobre sua importância para dezenas de fiéis. Foram mais de 100 anos como símbolo da fé. Recuperá-lo não significará que não será preciso comprar outro. Junto ao sino, serão recuperadas inúmeras histórias. 

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