Editorial

Vergonha atrás de vergonha

Da Folha de Ribeirão Pires

Estamos há pouco mais de um mês para o fim do primeiro dos quatro anos do governo Clóvis Volpi a frente de Ribeirão Pires. Pode parecer implicância, mas na edição desta terça-feira (23) trazemos mais um episódio lamentável ocorrido em nosso município. Algo simples que poderia ser resolvido sem tumulto, sem denúncias, sem nenhum barulho desnecessário - assim como em qualquer outra cidade.

Não é implicância quando, de fato, há algo absurdo acontecendo. Desta vez, são as condições estruturais da única maternidade municipal em funcionamento. Infiltrações, mofo, fiação exposta, falta de recursos básicos para a estadia de pacientes - um ambiente totalmente fora dos padrões para receber qualquer pessoa, ainda mais na condição de paciente. Paciente este que precisou por passar por uma cesárea.

Os riscos que essas mães, acompanhadas por seus bebês, passaram ao longo de três dias internadas no local são inúmeros. Não precisa ser especialista para saber que a presença de umidade e mofo é altamente prejudicial à saúde, ainda mais a um bebê recém-nascido. 

Entendemos que problemas de infraestrutura podem aparecer da noite para o dia, mas por que não interditar a sala e reparar os problemas para que situações como essa não ocorram?  

É preciso deixar bem claro que a culpa não é dos funcionários do hospital, eles apenas precisam trabalhar diante das condições que lhes são oferecidas. A culpa é da Administração, que empurra os problemas com a barriga até onde dá.  

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