Editorial

A volta dos que não foram

Da Folha de Ribeirão Pires

“Quando tudo está muito quieto, é sinal que alguém está aprontando.” Essa expressão, certamente, já passou pela nossa cabeça em algum momento. Pois bem, foi justamente isso que aconteceu no duelo entre Clóvis Volpi (PL) e os comerciantes do Terminal Rodoviário, que ganhou mais um capítulo nos últimos dias.

Tudo estava calmo pelos arredores da Rodoviária de Ribeirão Pires, quando os trabalhadores foram surpreendidos pela presença de um funcionário encarregado de cortar o fornecimento de gás para os boxes. Seria essa mais uma jogada desleal da caçada de Volpi aos comerciantes.

Vale lembrar que nosso prefeito vem pousando de super-herói após a conquista de R$ 2,8 milhões para reformar a Rodoviária. Foi possível notar que ele usou da verba para impulsionar sua popularidade na cidade, com a divulgação de conteúdos que o colocavam como o grande e único responsável pela arrecadação do montante.

De fato, o Terminal Rodoviário carece de melhorias o mais rápido possível, já que a situação beira a precariedade. Mas o que não dá para entender é essa vontade desmedida de despejar os trabalhadores.

Valendo-se da possível figura de herói, Volpi poderia, muito bem, ser comparado a um Robin Hood, mas de um modo reverso - aquele que retira dos pobres para dar aos ricos, pois, pelo que nos parece, há intenções secundárias na retirada dos comerciantes que atuam no Terminal Rodoviário atualmente.

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