Editorial

E vai rolar a festa

Da Folha de Ribeirão Pires

A cidade de Ribeirão Pires superou o período de dificuldade financeira e caminha para uma nova fase, regada de festas “de arromba”. Pelo menos é o que indica a licitação aberta por Clóvis Volpi (PL) para a locação de equipamentos de som, iluminação e estrutura para realização de eventos no município. 

O valor exorbitante chama atenção, já que beira a quantia arrecadada para a conclusão do Complexo Hospitalar Santa Luzia - R$ 16 milhões. Seria um evento para receber o grupo musical mais famoso do momento? Nada disso. São apenas os eventos que integram o calendário de festividades de uma cidade pequena. 

Mesmo que algumas coisas já estejam voltando ao normal quanto à pandemia, é preciso cautela - tanto na questão da segurança dos munícipes, quanto no gasto de recursos financeiros. Afinal, até pouco tempo atrás, faltava dinheiro para o básico.  E, cá entre nós, a estrutura solicitada por Volpi é digna de um show estrelado por um grande artista.

O mais interessante desta história é que a abertura da licitação, que beneficiará a Sejel (Secretaria de Juventude, Esportes, Lazer e Turismo), acontece justamente em um momento em que a pasta é acusada pela equipe de handebol da cidade por falta de investimento. Para que representem a Estância dentro das quadras, os atletas tiram dinheiro do próprio bolso para custear a participação em campeonatos e afins.

Não seria essa uma das principais funções da Sejel? Será que não daria para repartir esse valor para os demais setores que compõem a pasta? Pois bem, essas são as perguntas que deixamos.

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