Editorial

Como ficam os professores?

Da Folha de Ribeirão Pires

Somos surpreendidos, a cada nova semana, com as atitudes tomadas pelo governo Clóvis Volpi. Dessa vez, ou melhor, mais uma vez, os professores foram os afetados por uma decisão tomada pela Secretaria de Educação - decisão essa que chega a ser desumana.  

Como se já não bastassem problemas com o pagamento de salários, benefícios e afins, agora os educadores estão sofrendo restrição de acesso à merenda escolar, podendo fazer as refeições apenas se sobrar alimentos - um absurdo, não?  

É compreensível que a prioridade da alimentação deva ser, sempre, dos alunos matriculados, uma vez que há crianças e adolescentes que dependem da refeição oferecida pela escola. Além disto, o bom desempenho do estudante está atrelado a uma boa alimentação, mas barrar o acesso dos professores à alimentação chega a ser cruel.  

Chega a ser estranho pensar que um prefeito, que fez parte da categoria de educadores por anos, esteja agindo de tal maneira. Pensamos que ele batalharia em prol de seus colegas de profissão, mas não é bem isso que estamos vendo.    

Mesmo que a Secretaria de Educação tenha negado todas as denúncias feitas pelos próprios professores da rede municipal, é visível que algo não está certo e precisa ser revisto o quanto antes. Talvez seja problema na logística do fornecimento ou da preparação das alimentações. O que não dá para aceitar é o fato de que há profissionais sendo submetidos a situações constrangedoras, como esperar por sobras.

Mais lidas agora

Mais Editorias