Editorial

Os radares foram para o lixo?

Da Folha de Ribeirão Pires

É um tal de fazer e desfazer, montar e desmontar, que chega a parecer que Ribeirão Pires é um mero brinquedo, como aqueles blocos infantis, nas mãos do prefeito Clóvis Volpi (PL). 

Não demorou dois meses para que os radares - implantados de forma exagerada e desmedida - fossem retirados pela própria Administração Municipal. A questão é que uma cidade não é um brinquedo, e todas as ações feitas e desfeitas devem ser pensadas e, até mesmo, repensadas cuidadosamente para não causar prejuízos ao município e aos cidadãos.  

A instalação dos equipamentos de fiscalização eletrônica não deve ter sido feito de forma voluntária. Algum custo deve ter gerado ao Executivo Municipal. Agora, que perceberam que algo não estava correto, decidiram retirá-los e, ao que tudo indica, deixá-los sem utilidade - como se, de fato, fossem brinquedos que não servem mais.  

Realmente algo precisava ser feito a respeito dos inúmeros radares espalhados em pontos que não necessitam de fiscalização. No entanto, antes de sair executando serviços de forma totalmente equivocada, visando apenas à arrecadação com a aplicação de multas, a Administração Municipal deveria ter realizado um estudo detalhado para ver se, de fato, equipamentos como os radares são as ferramentas mais adequadas para o problema existente. 

Não dá para sair brincando com o dinheiro público. É preciso responsabilidade para não ter que voltar atrás e deixar a situação - que já não era boa, ainda pior - já que o investimento foi praticamente todo para o lixo.

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