Editorial

Quem cala, consente!

Da Folha de Ribeirão Pires

Há pouco tempo, a Folha falou sobre a importância do diálogo na política. Na ocasião, abordamos a falta de conversa entre o Executivo e Conselho Municipal de Políticas Culturais da Estância no polêmico projeto de criação da Escola de Artes.  

Semanas depois, voltamos a falar sobre a importância do diálogo, mas agora aplicada a outra questão - a desocupação dos boxes do Terminal Rodoviário. Assim como na ocasião anterior, a Prefeitura de Ribeirão Pires adotou o silêncio sobre o assunto e só faz jogar a responsabilidade para o colo da Aciarp. A Associação Comercial, por sua vez, afirma não ter autonomia sobre a questão e nada pode fazer a respeito. E no meio deste fogo cruzado estão os comerciantes, que estão a poucos dias de serem despejados de seus locais de trabalho.  

A postura da Administração Municipal nos lembra de a um indivíduo acusado de cometer um crime. Ao ser questionado, a pessoa em questão utiliza de seu direito de permanecer calado, numa tentativa de garantia a não autoincriminação.  

Essa postura, de certo modo covarde, nos lembra daquele velho e bom ditado: “Quem cala, consente!”. E é isso que a Prefeitura de Ribeirão Pires vem provando cada vez mais ao se negar a se posicionar sobre o problema. Que, realmente, eles estão de acordo com a retirada de pessoas que dependem daquele local para levar comida para casa, sem ao menos sentar e conversar, para tentarem entrar em um acordo que seja bom para ambos os lados.  

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