Editorial

Como ficam os comerciantes?

Da Folha de Ribeirão Pires

E mais uma vez, quem paga é a população - mais especificamente os comerciantes que atuam diariamente no Terminal Rodoviário da Estância. Os trabalhadores foram surpreendidos com a notícia de que terão que deixar seus locais de trabalho em 30 dias - sem explicações concretas, sem motivos plausíveis, sem dó nem piedade, apenas porque entenderam que isto seria o mais fácil a se fazer e o retorno financeiro seria mais vantajoso.

A situação fica ainda mais revoltante ao notar que as partes que deveriam resolver a situação, ou pelo menos dar explicações sobre o que está ocorrendo, sequer se pronunciaram de maneira digna e ficam jogando o problema um para o outro.  

Dizer que isto está ocorrendo em razão do término do contrato entre o município e associação comercial responsável pela concessão dos boxes pode parecer um esclarecimento plausível num primeiro momento, se não fosse pelo fato de o contrato ter finalizado em abril de 2019 e, de lá para cá, nada ter sido feito para resolver a questão. Durante esses dois anos, os comerciantes continuaram a pagar seus aluguéis, pois acreditam que tudo estava regularizado.  

A questão já existia antes da gestão atual assumir a Prefeitura. No entanto, isso não é motivo para despejar trabalhadores, muito deles que atuam no local desde a inauguração - feita pelo próprio Clóvis Volpi - simplesmente porque querem.  

Se existe um problema, é preciso resolvê-lo e não descartá-lo. E isso é o que esperamos daqueles que foram eleitos. Resolver o problema é pensar em estratégias e dar respaldo, não expulsá-los como se não fossem mais bem-vindos.

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