Editorial

Já era esperado

Da Folha de Ribeirão Pires

Aconteceu o que já era esperado - e não foi por falta de aviso. Inúmeras foram às vezes que a Folha alertou sobre o perigo da falsa sensação de segurança com o retorno - totalmente despreparado - das atividades econômicas. Agora, estamos à beira de uma terceira onda, quando há famílias que sequer conseguiram se recuperar da segunda grande alta de casos. 

Ficou claro que algumas atitudes tomadas, não só em Ribeirão Pires, mas também em todo o Estado, tiveram como objetivo o lucro financeiro com as datas comemorativas que estavam chegando. Mas esqueceram que as consequências desse retorno - que não teve as precauções necessárias - trariam problemas em um pequeno espaço de tempo.  

Não adianta pedir para os munícipes ficarem em casa apenas quando a situação está começando a ficar feia para o sistema de saúde municipal. É preciso traçar estratégias específicas para conter o avanço da doença. É preciso enxergar um pouco além do momento presente para que famílias não sofram mais do que já estão sofrendo com a pandemia.  

A pergunta que fica diante da chegada da terceira onda é a seguinte: Até quando? Até quando seremos vistos como estatísticas pelo Governo? Até quando a população negacionista fará com que vidas sejam ceifadas de maneira tão cruel? Até quando ficaremos em segundo plano?  

 Assim como num dia de ressaca no mar, se a atitude diante da pandemia não mudar o quanto antes, haverá ondas atrás de ondas - e elas serão cada vez mais violentas.  
 

Mais lidas agora

Mais Editorias