Editorial

Não é mais que obrigação

Da Folha de Ribeirão Pires

A que ponto chegamos? Comemorar a comprovação de que não há irregularidades no processo vacinal da cidade - algo que deveria ser garantido acima de qualquer coisa. O resultado traz alívio diante do cenário lastimável em que vivemos atualmente, onde cada vez mais há denúncias de esquemas fraudulentos na aplicação do imunizante, mas tal licitude ainda assim é uma obrigação. 

Se não há razão para comemoração, é certo que não há motivos para se vangloriar. A campanha de vacinação pode estar correndo dentro do esperado e do permitido, mas há muitas falhas da Administração quanto às providências tomadas ao longo desta pandemia. Não pela flexibilização desmedida que ocorre não só aqui na Estância, mas em muitas cidades de São Paulo - mas este é um tema para uma reflexão futura -, mas sim pela crise enfrentada pelo município no que diz respeito ao básico a ser oferecido à população.  

Faltam medicamentos essenciais para o tratamento de pacientes infectados pela Covid-19. Praticamente, não há mais kits para intubação. Já por outro lado há contratações sem licitações na área da Saúde que levantam dúvidas e suspeitas, entre outros pontos que precisam ser revistos o quanto antes.  

Tal auditoria executada pelo Tribunal de Contas do Estado de São Paulo deveria se estender para outros setores da Saúde Municipal. As chances de haver irregularidades são muito grandes. Talvez o problema seja, de fato, pré-existente, mas algo poderia ter sido feito em quatro meses de gestão para que esse colapso fosse menor, ou até mesmo evitado.

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