A contratação da nova empresa responsável por gerir e operar alguns setores da Saúde Municipal da Estância não tem cheirado nada bem. O motivo é a forma como ela se deu - de maneira emergencial e sem licitação e, de certa forma, por de debaixo dos panos.  

As contradições estão nas atitudes e palavras ditas pelo próprio prefeito da cidade, Clóvis Volpi, que, após afirmar que não renovaria o contrato emergencial com tal empresa, lá estava ele - um dia após sua própria fala ter sido divulgada - assinando o ato. 

Isso nos leva a entender que o estado de calamidade pública na saúde municipal só foi anunciado para possibilitar manobras como essa - sem licitação e com valores exorbitantes - e não pelo fato de a pandemia ter causado grandes danos.  

Se a renovação com a empresa já era algo pensado pela Administração, por que não torná-la pública? Fazê-la da maneira correta?

Dizer que havia sim possibilidade de renovação? A falta de atitudes como essas, somado ao fato de publicar a contratação somente no Diário Oficial do Estado revelam, ou pelo menos nos deixam pensar, que há coisas que não estão certas.  

A transparência pregada pelo próprio prefeito durante sua campanha eleitoral segue cada vez mais escassa em seu Governo. Se tudo está correto, então mostre àqueles que merecem estar a par de como anda a situação da cidade. Para aqueles que a Administração trabalha diariamente - a população.