Editorial

Prioridades selam o nosso destino

Da Folha de Ribeirão Pires

O caos é generalizado em Ribeirão Pires. 19 pessoas morreram nos últimos dias à espera de leito de Unidade de Terapia Intensiva para tratamento da Covid-19. Recorde em toda região, quiçá no Estado de São Paulo. 

Hoje essa Folha mostra que o recorde negativo também se amplia para a geração de empregos. Na região do Grande ABC, a Estância é a que tem o pior resultado no quesito ampliação de postos de trabalho. 

Quer dizer, estamos em Estado de Calamidade Pública não somente na Saúde, mas também na geração de empregos.

É evidente que nesse caos a culpa não é de uma única pessoa ou única instituição. A culpa é coletiva. As pessoas que não param de se aglomerar e assim espalham o vírus com mais velocidade e  o Poder Público que age de uma única maneira: chorar que não tem vaga, que não tem dinheiro e que os outros entes federativos não ajudam Ribeirão Pires.

Mas com relação a dinheiro, esta Folha mostra hoje que em menos de três semanas a cidade vai receber R$ 3,5 milhões da quota-parte do repasse de ICMS.

Por outro lado, essa mesma Folha também mostra que a Prefeitura de Ribeirão Pires vai contratar uma empresa para abrir covas no Cemitério São José. Será que isso é mesmo necessário? A Prefeitura não tem funcionários para isso? Tem-se que gastar dinheiro com isso e ainda sem licitação? 

Enfim, as prioridades é que estão selando o nosso destino.

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