Editorial

Nada a comemorar

Da Folha de Ribeirão Pires

 O dia 19 de março deveria ser um dia em que as ruas são tomadas pelos munícipes e pelas cores da bandeira da nossa Estância. Um dia para estampar o sorriso no rosto. Mas o que temos para hoje é um aniversário sem razões para festejar.

O feriado que deveria ser marcado por comemorações, na verdade, serve como mais uma medida para frear a disseminação do vírus e diminuir a circulação de pessoas pelas ruas, uma vez que a situação está totalmente fora de controle.

Ribeirão Pires completa, nesta sexta-feira, 67 anos de emancipação político-administrativa diante da fase mais crítica e triste de toda sua história. UPA e Hospital de Campanha lotados. Pessoas morrendo à espera de leitos. Falta de recursos financeiros. O que a Estância “ganhou” neste ano foi um estado de calamidade pública.

Neste aniversário, amanhecemos tristes, e parcialmente derrotados, em razão dos últimos acontecimentos. Onde deveria haver festa, há caos. Onde deveria haver sorriso, há choro. E onde deveria haver esperança de um futuro melhor, há inúmeras incertezas. Quando estávamos vivendo os primeiros dias de quarentena, sonhávamos com dias melhores.

Naquela ocasião, em que as comemorações pelo aniversário da cidade também foram suspensas, chegamos a pensar que no próximo ano iríamos comemorartudo aquilo que havia sido interrompido. E cá estamos nós, um ano depois, vivenciando um verdadeiro pesadelo.

Este aniversário pode não ter festa, presentes e afins, mas certamente os munícipes compartilham o mesmo desejo para nossa cidade: que ela vença essa batalha.

Mais lidas agora

Mais Editorias