Quem andou pela região central nos últimos dias notou que a Vila do Doce está passando por obras novamente. Até aí, nenhuma surpresa. Afinal, a Prefeitura de Ribeirão Pires havia confirmado que retomaria as intervenções iniciadas na gestão passada.
O curioso está justamente na atitude tomada pela nova administração, que entende que retomar é fazer do seu jeito aquilo que foi executado e entregue por aqueles que eram responsáveis até o ano passado.
Executar uma obra em um local, que - cá entre nós - não precisa de intervenção, em um momento em que a cidade alega não ter dinheiro para enfrentar a pandemia chega a ser um pouco confuso para entender.
Claro que cada verba recebida é destinada para um setor específico, mas esse não é o momento ideal para sair quebrando tudo pela Vila Doce e, até mesmo, atrapalhar os poucos comerciantes que podem continuar a exercer seu trabalho durante a Fase Vermelha.
A impressão que realmente dá é a de que o dinheiro público empregado nas obras anteriores fosse parar, de fato, no entulho - apenas para que a Vila do Doce fique com a cara que a esta administração deseja.
Hoje, a população de Ribeirão Pires quer uma oportunidade para abrir a porta de seu comércio e poder trabalhar, quer mais leitos, insumos e atendimento médico quando for necessário. Os moradores da Estância não querem um piso novo, de novo.