Editorial

O preço da saúde

Da Folha de Ribeirão Pires

Em tempos como o que estamos vivendo, nada mais essencial do que a nossa saúde. É ela que vem em primeiro lugar e se estabelece como uma prioridade inegável. Em um momento como este, ter um plano de saúde torna-se um privilégio que poucos podem gozar. Afinal, grande parte da população brasileira precisa ser submetida ao Sistema Único de Saúde, o SUS, uma vez que o que ganha mensalmente mal dá para as contas e a alimentação.  

Diante deste cenário de crise, em que a cada novo dia somos surpreendidos por uma nova alta nos preços, chega a vez dos usuários de plano de saúde serem acometidos pelo temido reajuste anual. Após a breve suspensão, que esteve em vigor entre setembro e dezembro, os usuários foram pegos de surpresa e não conseguem entender, até agora, alguns detalhes desse reajuste - que aconteceu de forma irregular, segundo o Código de Defesa do Consumidor. 

Infelizmente, muitas famílias precisarão abrir mão do plano de saúde para conseguir equilibrar os gastos mensais. Não é que a saúde seja alvo supérfluo, que precise ser cortado assim, sem mais nem menos, mas é impossível suportar os aumentos que insistem em aparecer,  e que cada vez mais  são impiedosos. É como se o brasileiro fosse um saco de pancada e os “reajustes”, um lutador que treina 24 horas por dia – sem descanso.

Não temos descanso. Hoje é o plano de saúde, amanhã a gasolina, depois a cesta básica. E quem paga, literalmente, somos nós.  

Mais lidas agora

Mais Editorias