Editorial

Cada um para o seu lado

Da Folha de Ribeirão Pires

O ano de 2020 tem batido recordes e mais recordes. Após ter sido batizado como o ano mais mortal da história do Brasil, em razão do aumento no número de óbitos, o último ano também registrou grande volume de dissoluções matrimoniais - os chamados divórcios.  

Coincidentemente, o término de inúmeros casamentos não só no Estado, mas também em todo o país, se deu justamente durante o período de distanciamento social, tendo seu pico  logo após da flexibilização da quarentena em São Paulo -  no mês de julho.  

De fato, a convivência mais próxima entre os casais trouxe à tona muitas situações que podem levar ao ponto final de uma relação.

Essa proximidade forçada pelo vírus ainda evidenciou outra triste realidade vivida por milhares de mulheres dentro de suas residências, até mesmo antes da pandemia, que é a violência doméstica.  

Mas o principal ponto a ser pensado é que um divórcio está muito além de viver com uma pessoa 24 horas por dia, sete dias por semana no mesmo local. São situações, ações, sentimentos que levam um casal a optar por seguir seu caminho individualmente. E a quarentena, que faz com que fiquemos trancados dentro de nossas residências, pode ter sido a gota d’água para alguns deles.  

O divórcio não é motivo de vergonha, não é algo que deve ser visto com desaprovação. É uma segunda chance para que cada um possa ter uma vida do jeito que bem entender, ao lado de quem você escolher.  

Mais lidas agora

Mais Editorias