A alteração do decreto estadual que regulamenta o benefício de gratuidade do transporte público por idosos gera impasse e discordância entre trabalhadores, sindicatos e prefeituras.  

Desde 22 de dezembro, o debate sobre a concessão de gratuidade ao uso dos ônibus municipais, intermunicipais, CPTM e Metrô apenas para passageiros acima de 65 anos segue em pauta na mídia, o que traz à tona a fragilidade dos projetos sociais que englobam a população com maior idade. 

Em um ano em que o Brasil registra alto índice de desemprego e elevação do custo de vida, cortes aos benefícios básicos torna-se doloroso para todos, principalmente para aqueles que dependem da aposentadoria para viver. E outros que dependem do serviço informal para manter a renda em casa. O corte de benefício a milhares de cidadãos com idade entre 60 e 64 anos acende um alerta para os próximos projetos que possam surgir ou serem modificados pela Assembleia Legislativa do Estado e pelas Câmaras Municipais.  

Cabe a população ficar atenta às propostas que entram em debate nas esferas públicas. Apenas com parlamentares comprometidos com as causas dos cidadãos é que será possível frear projetos visam apenas aumentar a arrecadação dos cofres públicos. 

Como resposta ao decreto estadual, diversas prefeituras, dentre elas Ribeirão Pires, se mostraram contrárias a decisão do Governo de restringir a gratuidade ao transporte público por idosos. Devemos aguardar para vermos se este benefício será mantido pelas administrações municipais do ABC.