Editorial

Desemprego x Pandemia

Da Folha de Ribeirão Pires

Nem todo recorde é para o lado positivo, e desta vez batemos uma marca nada positiva para o povo brasileiro. Os dados divulgados recentemente pelo IBGE escancaram a triste situação de muitas pessoas ao redor do país. Agora, somamos 14,1 milhões de pessoas que buscam por uma oportunidade de emprego, buscam por uma fonte de renda fixa durante a pandemia do novo coronavírus. 

Não dá para dissociar o fator Covid-19 da alta no número de pessoas desempregadas. Desde que entramos em pandemia, vimos uma grande crise atingir diferentes camadas da sociedade e trazer danos cujos reflexos custarão caro para serem reparados. No entanto, para entender o motivo de  termos atingido um número tão alarmante, é preciso voltar alguns anos atrás e ver o quanto as coisas não estavam nada a favor dos trabalhadores. 

Antes mesmo de a fila receber mais 1,3 milhão de pessoas, entre um trimestre e outro, o número de indivíduos que já buscavam por uma vaga de emprego era alarmante. Melhor dizendo, antes mesmo de a pandemia ter grandes proporções, o desemprego já fazia incontáveis reféns. Pessoas que, há anos, estão sem ter uma chance no mercado. 

A questão em si não é como o coronavírus fez o país atingir um novo recorde, e sim como esse vírus trouxe à tona e deu visibilidade a um problema que estamos enfrentando há muitos anos - e que, até o momento, nada de eficaz foi feito pelos responsáveis. 

De fato, as coisas não estão fáceis para os brasileiros, para o mundo inteiro, mas é preciso tomar atitudes o quanto antes.

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