Editorial

Crise eleva endividamento durante a pandemia

Da Folha de Ribeirão Pires

O mês de março marcou o início da quarentena no Brasil e, com isso, foi registrado um nível recorde de efeitos na economia do país e nas finanças do brasileiro. De acordo com um levantamento Serasa, entre os meses de setembro de 2019 e 2020 foram registradadas 859 mil pessoas endividadas na região do Grande ABC. O volume representa 30,6% da população do ABC, que adquiriu dívidas em atraso, principalmente, em decorrência da crise econômica, que teve elevação nos meses de março a junho desse ano.

Especialistas afirmam que um grande percentual das faturas em atraso se deve a redução da renda das famílias, perdida parcialmente ou totalmente nos últimos oito meses. Contudo, um alívio para o bolso destas famílias, segundo aponta o gerente do Serasa, Tiago Marchese, veio através do pagamento do Auxílio Emergencial realizado pela União, e estendido até dezembro, para as famílias de baixa renda e para àquelas que foram impactadas pelo desemprego.

Com a economia regional ainda engatinhando, estes consumidores veem a renegociação de dívidas como uma forma de amenizar os impactos na vida financeira. A medida tem como facilitador as ofertas de flexibilização para o pagamento, além de facilidades para entrada e prestação a prazo.

A continuidade do pagamento do Auxílio Emergencial até dezembro e o 13º salário para os profissionais com carteira assinada injetará mais de R$ 3 bilhões na economia da região, o que propiciará a quitação de dívidas em atraso e dará um fôlego ao comércio local, que está há meses resistindo à pandemia e a paralisação dos serviços.

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