Editorial

A pandemia acabou?

Da Folha de Ribeirão Pires

Ruas lotadas, aglomerações, pessoas sem máscara. Esse é o retrato do oitavo mês de pandemia do novo coronavírus em Ribeirão Pires. É difícil entender o porquê as coisas chegaram a esse ponto, já que o vírus permanece entre nós, mas o fato é que assim estamos. 

São raros os estabelecimentos que continuam obedecendo aos protocolos de higiene. São poucos comércios que seguem aferindo a temperatura de seus clientes e exigindo o uso de álcool gel. Máscara? É difícil encontrar alguém que a esteja utilizando da maneira correta. 

Se por um lado, nas ruas vemos essa onda de “deboísmo”, de pessoas que não estão atentos aos perigos da Covid-19, de outro os números nos dizem outra coisa. O Grande ABC apresentou, de uma semana para outra,  uma alta no número de internações de 30,8%. Outro dado alarmante é referente ao volume de novos infectados registrado, que obteve aumento de 68,5%. 

É ignorância pensar que as coisas voltaram ao normal, enquanto o número de óbitos cresce Brasil afora. É preciso dizer e repetir inúmeras vezes: tenha respeito e empatia pelo próximo. Contrair o vírus e ficar bem, ou não contraí-lo de forma alguma, é uma benção que poucos terão o prazer de desfrutá-la. Mas mesmo assim, essas pessoas podem se tornar potenciais transmissores e ser o algoz na história da alguém.  

Chegará o dia em que o ponto de interrogação presente no título deste editorial dará lugar a um ponto de exclamação. E neste dia, somente neste dia, ver ruas lotadas e pessoas sem máscara não será sinônimo de alerta. 

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