A morte do garoto de 18 anos, morador de Rio Grande da Serra, trouxe à tona uma enorme discussão envolvendo internautas, amigos, familiares e a Polícia. Em um jogo desmedido de apontar quem é ou não o culpado, comportamento que tem sido cada vez mais corriqueiro nos dias de hoje, quem sofre as consequências é a família, que, além de passar pela dor da perda, acaba sendo obrigada a ver julgamentos feitos pela tal opinião pública.
É fato que o caso tem aguçado a curiosidade de muitos - afinal, há pelo menos duas versões a respeito do ocorrido que são totalmente divergentes, uma vez que a Polícia diz uma coisa e os amigos, outra. No entanto, isso não é e nunca será motivo para terceiros usarem da facilidade da internet para serem os “donos da razão”.
Independente do status social da vítima. Seja um usuário de entorpecentes, ou a pessoa mais respeitada da sociedade. É preciso ter respeito e transparência, tanto por parte da sociedade, quanto das autoridades.
Respeito pela dor dos familiares que choram pela morte precoce de um ente querido. Transparência nas informações sobre o que de fato aconteceu. Quanto mais nebuloso for o caso, a opinião pública terá ainda mais motivo para falar o que bem entender.
Se houve crime, independente de quem seja o autor, a lei deverá prevalecer acima de qualquer coisa, e a verdade tornar-se conhecida por todos.
Enquanto aos caros internautas, que ficam escondidos atrás de seus aparelhos celulares, tablets e computadores propagando mensagens de ódio, lembrem-se: Hoje, você julga. Amanhã, o julgado pela opinião pública pode ser você.