A edição da Folha desta terça-feira (1) traz um caso absurdo e cruel, possivelmente cometido por aqueles que deveriam ser seus maiores protetores. Não sabemos o motivo, a razão e as circunstâncias em que isso ocorreu. Sabemos apenas que um bebê inocente e indefeso foi deixado ao relento, em Rio Grande da Serra, e absolutamente nada justifica tamanha crueldade. 

Se não fosse pelo jovem de 21 anos, que encontrou a menina dentro do veículo logo pela manhã daquele sábado, a notícia que estaríamos dando hoje poderia ter sido ainda mais triste do que ela já é. Ela poderia não ter resistido ao frio, à fome ou, até mesmo, ter caído em mãos de quem não faria o bem. Mas, dentro do possível, sua história caminhou para o lado positivo.  

É revoltante, repulsivo e indignante pensar que existem pessoas capazes de fazer tamanha atrocidade com apenas um bebê, que não quer nada além de amor. Há tantos meios que podem amenizar o sofrimento de não crescer ao lado dos pais biológicos, que dá oportunidade de ser acolhido por uma família do coração, mas ainda há quem escolha seguir pelo pior caminho possível. O abandono pode ser mais fácil para quem o faz, porém o mais doloroso para quem o sofre. 

Esperamos e torcemos para que a pequena guerreira de Rio Grande da Serra cresça feliz e saudável ao lado de pessoas que realmente lhe queiram bem, e que os responsáveis, ou melhor criminosos, sejam devidamente punidos o mais rápido possível.