Editorial

Se todo ano fosse ano eleitoral...

Da Folha de Ribeirão Pires

Nos últimos dias, Ribeirão Pires foi “milagrosamente” contemplada com inúmeras entregas de obras e revitalizações de espaços.

Intervenções que demoraram meses para serem executadas e que “calharam” de serem entregues à população quase que simultaneamente. Afinal, foram 11 eventos de entregas dentro de uma semana. Coincidência? Não! É eleição.  

A cidade ficou mais limpa, bonita, colorida. É agradável o que vemos quando andamos pelas ruas do centro ou por alguns bairros sortudos que foram escolhidos. Esses são alguns dos milagres que o ano eleitoral é capaz de proporcionar. Tudo o que foi entregue é de direito da população. As melhorias vieram para agregar e trazer uma vida mais digna aos munícipes, que há anos pedem por melhorias para seus bairros.  

Mas por que fazê-lo aos 45 minutos do segundo tempo? Quando não há mais para onde correr? Será que quatro anos não são suficientes para executar tudo o que estava no papel, ou essa maratona de entregas tem uma segunda intenção?  

Esse não é um problema que ocorre apenas na Estância, mas em muitos outros municípios. Infraestrutura, saúde, segurança, educação e lazer são pilares que devem ser cumpridos ao longo dos quatro anos de mandato - seja desse ou daquele político -, e não apenas nos últimos meses - momentos antes do período pré-eleitoral entrar em vigor.  

Seria bom se todo ano fosse ano de eleição. Assim, os milagres aconteceriam com mais frequência. No entanto, como só vivemos esse fenômeno a cada quatro anos, eles acabam sendo raros. A verdade é que os milagres deveriam torna-se obrigações.

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