Editorial

Não é hora de ir à escola

Da Folha de Ribeirão Pires

Na edição desta sexta-feira (31), a Folha aborda um dos assuntos mais repercutidos ao longo da última semana e que gerou inúmeras discussões a respeito: a possível retomada das aulas presenciais. O anúncio feito pelo governador João Dória, de que o ensino pode retornar em setembro, causou revolta aos pais, responsáveis, profissionais da educação e, até mesmo, em quem não será afetado diretamente - mas que também poderá sofrer com os resultados caso isso, de fato, ocorra. 

 Cidades do Grande ABC, entre elas Rio Grande da Serra, mostraram-se contra essa previsão e não retomarão com as atividades presenciais neste ano. Uma decisão sensata, correta e digna de reconhecimento, levando em conta que o preço a ser pago com a possível volta será muito mais elevado do que o da decisão de manter os alunos em casa.  

O cenário pode estar até um pouco mais razoável em setembro, mas é certo de que ainda não teremos uma vacina, muito menos uma aplicação em massa. Com as crianças na escola, o risco de vulnerabilidade será ainda maior - tanto aos próprios alunos, quanto aos funcionários, profissionais da educação e familiares -, o que pode levar a uma onda ainda mais avassaladora da pandemia.  

A decisão tomada por Gabriel Maranhão e demais prefeitos precisa ser exemplo aos governantes da região e, até mesmo, ao governador João Dória. Cancelar o ano letivo presencial também é uma política de prevenção à disseminação do vírus. Não é só aprendizado que está em jogo. São inúmeras vidas que estão em risco.

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