A Delegacia da Polícia Civil de Ribeirão Pires instaurou inquérito para apurar risco contra a saúde das pessoas que tiveram contato com o Tomógrafo localizado por um acaso trancado por quatro paredes em Ribeirão Pires.
A Polícia não quer saber quem trancafiou o aparelho, mas quer buscar se o ato trouxe risco à saúde de pacientes e servidores da UPA Santa Luzia.
Os responsáveis pela investigação se apegam a uma declaração de um ex-secretário, frisando que o aparelho foi emparedado devido a perigo de radiação, e consequentemente, contaminação das pessoas.
Entretanto, especialistas dizem que se o objetivo era proteger as pessoas, a sala deveria ter paredes revestidas com chumbo e não apenas concreto.
O aparelho doado em 2009 pela Prefeitura de São Caetano do Sul, pelo que se sabe, nunca foi colocado em funcionamento, mas pode ter servido para fragilizar a saúde de muitas pessoas.
A decisão da Polícia Civil em investigar o risco a vida é acertada.
Não cabe buscar culpados para o emparedamento do Tomógrafo, isso é de âmbito administrativo, mas buscar se houve negligência no armazenamento do aparelho e possíveis danos a saúde, isso é dever das autoridades investigar, aí cabe um crime.
Que a Delegacia faça o que os agentes públicos estão demorando a explicar, se houve contaminação das pessoas que tiveram contato com o aparelho ou por radiação, onde o contaminado poderá ter mudanças no DNA das células e ao aparecimento de tumores.
É o que faltava!