A Polícia Militar de Rio Grande da Serra deu um duro golpe aos traficantes que atuam na cidade.

Na sexta-feira, uma refinaria do tráfico foi descoberta pelos militares após uma denúncia anônima.

No local 10 jovens com idade até 30 anos foram presos e seguem no Centro de Detenção Provisória de Mauá, à disposição da Justiça.

Por um lado é preciso parabenizar a ação dos militares que deflagraram a ação que culminou com o desmanche do espaço ilícito, fazendo valer o compromisso de cuidar da segurança da população.

Por outro lado se faz necessário lamentar que jovens estejam envolvidos com a criminalidade, trabalhando para a marginalidade.

Não cabe a esse editorial gerar juízo de valor sobre os presos, e sim, chamar para uma reflexão.

A inabilidade do poder público seja federal, estadual ou municipal em oferecer oportunidades para essa camada da população é o que realmente importa.

Ser corrompido pelo tráfico é, para alguns, a única saída de seguir sobrevivendo, são meninos e meninas que arrebatados pela dependência química, trocam seus serviços por suprimento ou mesmo pagamento de dívidas.

Mesmo que alguns não concordem, essas pessoas são vítimas de uma sociedade que exclui, seja pela falta de oportunidade econômica, cultural ou social.

Enquanto só as ações policiais forem a única resposta para a proximidade do jovem com o tráfico, continuaremos somando mortes e prisões.

Triste verdade que vivem as cidades brasileiras!