A resposta é sim, a criança com depressão muda o comportamento, fica mais quieta, desinteressada e suas emoções oscilam o tempo todo.
O diagnóstico correto é complexo em crianças uma vez que elas têm mais dificuldade em expressar e nomear suas emoções, por isso, o sofrimento psíquico manifesta-se no comportamento.
Outro fator que compromete o diagnóstico é que essas alterações no comportamento se confundem com o processo de amadurecimento da criança, ou seja, é vista pelos pais e cuidadores como “só uma fase” do crescimento.
A causa pode incluir uma combinação de fatores, entre eles estão alguns traumas como: abuso físico, abuso social e abuso verbal; predisposição genética; bullying; eventos estressantes; convívio familiar conflituoso, entre outros fatores.
Ressaltando que é diferente de episódios de tristeza e os sintomas podem variar dependendo do contexto familiar e do ambiente que a criança está inserida.
Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde) a depressão atinge até cerca de 8% das crianças em todo o mundo
É importante que os pais, professores e pessoas do convívio social da criança fiquem atentos ao comportamento da criança.
Devemos ficar atentos aos seguintes sinais:
• Falta de interesse em atividades recreativas que antes eram prazerosas;
• Agitação ou lentidão;
• Humor irritável;
• Isolamento ou tristeza;
• Perda ou ganho de peso;
• Dificuldades para dormir ou só querer dormir;
• Dificuldades de concentração
• Desinteresse em aprender;
• Somatizações: como dores de cabeça, na barriga etc;
• Cansaço excessivo;
• Sentimento de culpa e medo;
Uma vez identificado os sintomas é necessário iniciar imediatamente acompanhamento com psicólogo e psiquiatra, esses especialistas apontam também para família como agir diante de um quadro depressivo infantil.
Através da psicoterapia infantil é possível tratar a saúde mental da criança e ajudá-la a compreender suas emoções e sentimentos.
Núbia Ramalho
Psicóloga - Clínica Elgra
(CRP 06/110210)
Imagem: Folha de Ribeirão Pires
Núbia Ramalho
Psicóloga
