A Síndrome de Burnout ou Síndrome do Fósforo Queimado é o esgotamento físico e mental resultante do excesso de trabalho ou estudo. O distúrbio emocional foi identificado na década de 1970 e representa um perigo à saúde devido à crescente pressão que sofremos por resultados.
Os pacientes desenvolvem doenças de natureza puramente psíquica, como transtornos de ansiedade e depressão, mas que se manifestam no corpo. São as chamadas doenças psicossomáticas, como enxaqueca, dores na coluna, problemas cardíacos e tantos outros.
Todos nós convivemos com situações estressantes e problemas sem solução a curto prazo. A doença se instala quando este estresse não é aliviado ou tratado. O estado de alerta constante gera tristeza e irritação. Há redução da qualidade de vida, com sintomas como insônia, dificuldade de concentração e alteração no apetite. Perde-se a autoestima e os contatos sociais.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o esgotamento profissional uma das maiores ameaças do século XXI. A condição é tão prejudicial a nossa saúde quanto barulho excessivo, luz forte ou até veneno.
É muito comum ouvirmos a expressão “estou tão estressado”, mas foi apenas em 1936 que o médico Hans Selye introduziu o conceito de estresse, que hoje nos é tão familiar.
Burnout é um estado de completa exaustão. É um processo lento, que evolui e se instala aos poucos. Geralmente o paciente procura ajuda somente quando os sintomas já estão avançados.
A Síndrome atinge, na maioria das vezes, o (a) provedor (a) ou cuidador (a) da família, o que piora ainda mais a situação, pois coloca em risco o sustento da casa.
Em muitos casos, o trabalhador, antes do colapso, era visto como uma pessoa ativa, dedicada e apaixonada pelo seu trabalho. Com acompanhamento psicológico adequado, o paciente aprende a rever suas prioridades e escolhas, a se autodisciplinar e a delegar tarefas. É necessário aprender a relaxar, desligar a mente e ter momentos prazerosos de lazer.
Imagem: Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento
Sara Andreozzi Petrilli do Nascimento
Psicóloga da Clínica Elgra, especialista em psicossomática psicanalítica e pós-graduada em psicologia hospitalar
CRP 82574/06
