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A nova rotina e o desenvolvimento das crianças

Por Maria Fernanda Martins Cardozo Freire

Não é novidade que estamos vivendo um tempo difícil e ainda muito novo para o mundo todo. Medos e incertezas nos cercam, ninguém está imune a tudo que estamos passando, nem mesmo as crianças.  

Durante pouco mais de um ano de pandemia, tenho conversado com alguns pais que pedem ajuda de como lidar com o desenvolvimento dos filhos durante o isolamento e aulas remotas/híbridas. Existem alguns princípios e dicas básicas, importantes para todas as famílias com crianças e adolescentes.  

O primeiro é a empatia. Um termo tão falado ultimamente, mas que precisa da nossa atenção. Empatia é a habilidade de imaginar-se no lugar da outra pessoa, compreendendo seus sentimentos e desejos. Se tem sido difícil para nós adultos nos adaptarmos a esse momento, imagine para as crianças. Ter empatia nesses momentos pode ser dizer para seu filho (a): “imagino que você deve estar cansado de assistir aula online. Você quer dar uma pausa rapidinha?”. Quando nos sentimos acolhidos, temos mais confiança para aprender e se desenvolver.  

Assistir aulas online tornou-se nossa nova realidade e com isso, o uso de telas pelas crianças e adolescentes tem aumentado consideravelmente e de forma preocupante. Além de assistir às aulas, as telas têm sido o principal passatempo deste público já que a maioria das outras atividades estão suspensas. Então, a segunda dica é: estabeleça um limite de uso de tecnologias pelo seu filho e tente estimulá-lo a praticar alguma atividade física ou brincadeiras todos os dias, longe das telas. 

Tomando todos os cuidados recomendados, planeje atividades ao ar livre, em conexão com a natureza “para prevenção da saúde física e mental/comportamental”, assim como aconselha a Associação Brasileira de Pediatria no seu Manual de Orientação, publicado em 2016.  

A terceira e última dica é: estabeleça uma rotina para a criança e utilize recursos visuais para que ela a veja e a compreenda.

Rotinas contribuem para o desenvolvimento de autonomia e responsabilidade, além de diminuir os níveis de ansiedade e estresse, pois dessa forma elas já sabem o que é esperado delas durante o dia, seus deveres, tempo de brincar e de estudar, até a hora de dormir.  

Por fim, saiba que você não está sozinho. Caso você precise de ajuda com sua criança ou adolescente, procure um profissional. 
 

Imagem: Maria Fernanda Martins Cardozo Freire

Maria Fernanda Martins Cardozo Freire

Pedagoga e graduanda em Psicopedagogia pela Universidade São Camilo

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