A água é um componente essencial de todos os tecidos corpóreos e está presente nas reações químicas, respiração, circulação, funcionamento dos rins, digestão, sistemas de defesa, pele, entre outros. Também existem nutrientes que necessitam de água para que possam ser carregados e distribuídos pelo corpo.
A desidratação por redução da ingestão de água é mais frequente nas populações de risco como, por exemplo, idosos, crianças, adolescentes, gestantes e mulheres que estejam amamentando.
Os idosos apresentam comprometimento dos sistemas que regulam o equilíbrio da água corporal, pois têm menos sede e maior chance de perder água e eletrólitos. Como exemplo, pode-se citar a redução da proporção de água na composição corporal pela perda de massa muscular, a redução da sensação de sede, a presença de condições médicas que dificultem o acesso a água (como demência, fragilidade e imobilidade), uso de medicações como diuréticos e diminuição da função renal.
O corpo desidratado acaba afetando todo o organismo, a desidratação pode causar confusão mental, queda de pressão arterial, aumento dos batimentos cardíacos, dor no peito, dor de cabeça, tontura, fadiga, fraqueza, sonolência, boca seca, diminuição da diurese, câimbras e falta de elasticidade da pele.
Pode-se avaliar o estado de hidratação utilizando uma combinação de métodos. A suspeita clínica pode ser feita pela observação dos sintomas e sinais descritos acima. Urina amarelo-escuro, redução do volume urinário, perda de peso são medidas simples que podem ser observadas no dia a dia.
Algumas dicas para manter o idoso hidratado:
Oferecer líquidos a cada 2 horas em pequenas quantidades;
Em caso de recusa de água, ofereça suco de frutas ou chás da preferência do idoso ou água aromatizada, com rodelas de laranja, morango, abacaxi, maçã ou hortelã, assim a água fica saborosa, agradando o paladar do idoso;
Ofereça sempre líquidos em uma temperatura agradável para o idoso;
Em caso de aumento da perda de líquido (como na diarreia), a ingestão de água, sucos naturais e água de coco é fundamental. O soro caseiro nestes casos também é uma alternativa. Para prepará-lo, basta utilizar 1 litro de água filtrada ou fervida, duas colheres rasas de sopa de açúcar e uma colher rasa de chá de sal.
Andrea Amaro Roncon
Nutricionista Especialista em Gerontologia. Atendimentos no Espaço Clínico Mari Figueiredo.
Imagem: Folha de Ribeirão Pires
Andrea Amaro Roncon
Nutricionista Especialista em Gerontologia